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Indústria de Biocombustíveis Extermina Povo Guaraní Kaiowá no Brasil

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POR LUIS MIRANDA | THE REAL AGENDA | OUTUBRO 21, 2012
De quantas maneiras você pode descrever o assassinato, a corrupção, o crime, a conivência, a cumplicidade para cometer assassinato, o banditismo, a injustiça? Foi muito difícil colocar m tíulo neste artigo porque uma ou duas linhas não podem descrever a vergon

ha que senti — embora não sou brasileiro — ao ver o que o governo brasileiro está fazendo com o seu povo. Enquanto você lê este artigo, a tribo Guarani Kaiowá está sendo deslocada de sua terra ilegalmente pela Brigada Militar e grupos de bandidos contratados por influentes proprietários de terra no estado de Mato Grosso do Sul.
Embora o príncipe da “justiça social”, Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu ao povo brasileiro que ele chegou ao poder para ajudar os mais necessitados, foi o próprio Lula quem entregou a soberania do país, permitindo que as corporações multinacionais — como as da Cana de Açúcar — tomaram grandes extensões de terra em todo o país, em um esforço para tornar o Brasil em um país escravo da monocultura da cana.
Em 2007, Lula da Silva assinou um acordo com George W. Bush para impulsionar a produção de biocombustíveis no Brasil. Naquele dia, Lula deixou muito claro para quem ele realmente trabalha. “Este acordo pode ser um novo ponto de partida para a indústria automobilística no Brasil e no mundo. É um novo começo para a indústria de combustíveis em todo o mundo. Eu diria mesmo que este acordo representa uma nova era para a humanidade.”
Antes e depois da assinatura do acordo, todos os meios de comunicação começaram uma campanha consciente para vender a idéia ao público que os biocombustíveis seriam o caminho a percorrer para acelerar o desenvolvimento do pais. Atuando como prostitutas intelectuais ignorantes, figuras públicas apareceram na televisão brasileira e anúncios do governo pregando ao povo a grandeza do etanol.
Programas esportivos e de entretenimento foram usados para amarrar uma fita verde em torno dos olhos dos brasileiros. Analfabetos intelectuais como Gugu Liberato e Luciano Huck, entre outros, usaram suas imagens e programas de TV para mentir dizendo que a indústria de biocombustíveis poderia trazer montanhas de dinheiro para todos. Mas as coisas não ocorreram como eles disseram.
O único destaque do nascimento da indústria de biocombustíveis no Brasil foi o deslocamento imediato de cerca de 40.000 indígenas Guarani Kaiowá, etnia que agora vive em um território de apenas 1% do que era a sua terra. O deslocamento dos Guaraní Kaiowá ameaça seu modo de vida. Os Guarani não podem mais plantar seu próprio alimento, pescar ou caçar para viver.
No melhor dos casos, os Guarani são expulsos de suas terras no Mato Grosso do Sul pela Brigada Militar, sempre que um tribunal considera que eles têm que deixar a terra onde eles e seus ancestrais viveram ao longo do tempo. No pior dos casos, bandidos fortemente armados atiram contra suas casas, em uma tentativa de matar os líderes da tribo, para que o resto dos Guaraní Kaiowá parem de se opor a sua expulsão. Hoje, os índios vivem em uma pequena área ao sul do estado de Mato Grosso do Sul, onde as plantações de cana de açúcar são erguidas em torno de suas pequenas aldeias.
O lado escuro da chamada Revolução Verde, que tem o Brasil como o maior produtor de etanol de cana-de-açúcar, tem muito pouco de verde. Além de causar o deslocamento ilegal dos Guarani Kaiowá, a plantação de açúcar coloca em risco a vida de muitas espécies de plantas e animais cujo habitat está sendo poluído a cada dia por esgoto, poluição e resíduos gerados pela plantação, colheita e queima de cana de açúcar. Além disso, os Guarani Kaiowá passaram de proprietários de terras a se tornarem escravos. Dada a sua incapacidade de ter terra suficiente para desenvolver seu modo de subsistência, os Kaiowá são agora escravos das mesmas corporações que exploram suas terras para produzir etanol.
O Guarani tem que viajar por horas para chegar à plantação onde agora trabalha no sol quente, só para receber salários miseráveis que não são suficientes para sobreviver. Em uma tentativa de aliviar a escassez de alimentos, o governo brasileiro está agora oferecendo sacos de grãos básicos para que os Guarani Kaiowá possam se alimentar.
Mas a quantidade de comida entregue não é suficiente. De fato, várias crianças morreram de desnutrição nos últimos anos devido à falta de alimentos. Além de roubar sua terra, as empresas usam mão de obra infantil Guarani, o que é ilegal no Brasil. Empresas fornecem as crianças, que são tão jovens quanto 14 anos, identidades falsas para poder emprega-los.
A ocupação de terras brasileiras por empresas multinacionais não é uma realidade nova. Elas começaram a chegar ao Brasil depois que o governo ofereceu incentivos fiscais e todas as facilidades disponíveis para “investir” no país sul-americano. No Nordeste, indivíduos poderosos e corporações multinacionais adquiriram grandes extensões de terra para o cultivo de milho, soja e trigo transgênicos.
Hoje, 76 por cento da soja produzida e consumida no Brasil é geneticamente modificada. Parte dessa soja é exportada para a União Europeia, mas muito do que é plantado também é usado para o consumo local. Conforme relatado em várias ocasiões, a poluição a partir de organismos geneticamente modificados, devido ao consumo ou a poluição do ar e do solo aumentou exponencialmente a incidência de doenças nas populações.
No caso dos Guarani Kaiowá, eles também sofrem com a poluição causada pela plantação maciça e colheita de cana-de-açúcar. Sua terra, os rios e o ar são contaminados por esta atividade que utiliza grandes quantidades de água de rios e poços que pertenceram aos Guarani Kaiowá. Em Mato Grosso do Sul, a antiga tribo é o inimigo público número um. Mesmo os tribunais superiores decidiram contra o seu direito de viver onde sempre viveram. O Ministério Público do Estado demanda muitas vezes aos proprietários de fábricas de grande porte por causa de seu uso de trabalho infantil e escravo. Mas, ao mesmo tempo, a polícia, sob ordens das autoridades desloca aos índios de suas terras.
Com policiais armados deslocando-os de suas terras e bandidos fortemente armados matando os líderes da tribo e disparando contra mulheres e crianças, alguns Guarani Kaiowá pediram para ser sacrificados para que seus corpos fossem enterrados ao lado de seus pais e familiares.
Em uma carta ao Governo, os Guarani Kaiowá imploraram por misericórdia e condenaram a violência com que são tratados por autoridades e bandidos armados. “… É claro para nós que a própria ação da Justiça Federal gera e aumenta a violência contra nossas vidas, ignorando os nossos direitos para sobreviver no rio e em torno de nosso território tradicional Pyelito Kue / Mbarakay. Entendemos claramente que esta decisão do Tribunal Federal de Navaraí-MS é parte da história da ação de genocídio e extermínio dos povos indígenas, nativos de Mato Grosso do Sul, ou seja, a ação em si da Justiça Federal extermina nossas vidas “.
De acordo com os Guarani Kaiowá, o Tribunal Federal de Mato Grosso do Sul está alimentando a violência contra a tribo. “Nós avaliamos a situação e concluímos que todos vamos morrer logo”, diz a carta . “Nós aqui no acampamento a 50 metros da margem do rio, onde houveram já quatro mortes, duas por suicídio e duas devido ao espancamento e tortura de bandidos”. Antes de terminar a carta, os Kaiowá deixaram claro que a única maneira de sobreviver é ser deixados em paz em sua terra natal, onde eles possam continuar suas vidas com dignidade e paz. Caso contrário, segundo eles, o estado de Mato Grosso do Sul, simplesmente deve declarar formalmente o seu desaparecimento e extinção.
“A indústria do etanol e a indústria de cana-de-açúcar são os dois setores mais influentes. Estamos passando por uma revolução “, diz Geraldine Kutis, consultora internacional da UNICA, a maior associação de produtores de açúcar, que opera em conjunto com a indústria do etanol no Brasil. Como em muitos outros casos, a indústria do etanol é gerenciada de São Paulo, a capital comercial do país.
Conforme explicado pela Sra. Kutis, o objetivo é estender o o alcance dos combustíveis verdes no mundo todo. Esse é o motivo pelo que já tem um escritório em São Paulo e em Bruxelas, e pretendem abrir um novo em Pequim, na China. A associação também tem um quarto escritório em Washington, DC, de onde defendem e impulsam a indústria do etanol.
O governo brasileiro tem promovido e adotado políticas que estimulam a produção de cana-de-açúcar e etanol, dando incentivos para grandes corporações e grupos de poder que investem no plantio e produção. Brasil tornou-se um destino atraente para os investidores estrangeiros que querem fugir do mercado de ações e especulação financeira, de modo que a produção de etanol e de outras commodities está subindo como nunca antes.
“O céu é o limite”, diz Kutis. Mas a que preço? Ambientalistas brasileiros já culpam a produção e processamento da cana-de-açúcarpela contaminação de recursos de ar e água em todo o país. De acordo com Jerónimo Porto, líder da União no Estado de Mato Grosso do Sul, as pessoas que vivem da terra estão simplesmente imersas em um coquetel de pesticidas e herbicidas.
“O nosso ar, nosso ambiente aqui é muito poluído”, afirmou Porto, quem diz que a chegada de novas empresas que abrem novas usinas e a expansão das plantações de cana-de-açúcar estão comprometendo a saúde e o bem-estar das pessoas. “É terrível quando o fluxo de esgoto chega no rio. O esgoto polui o rio, matando peixes e causando um verdadeiro desastre ecológico “, insiste Porto.
“O rio é o sangue da Terra, assim como nos temos sangue em nossas veias. Sem sangue, não podemos sobreviver. Simplesmente não há maneira de sobreviver sem o rio e a floresta “, diz um líder Guarani Kaiowá. Mas a água não é o único sangue que flui nas terras do Mato Grosso do Sul, porque mercenários armados contratados por interesses privados impiedosamente atiram contra os Guaraní Kaiowá para tentar matar seus lideres.
Alguns dos líderes foram mortos, enquanto as mulheres e crianças são freqüentemente lesados pelos tiros. Em um caso, uma bala entrou nas costas de uma mulher e saiu de seu peito, como resultado de um milagre, disse Roberto Martins, um líder tribal. “Dois homens armados se aproximaram de nós com armas poderosas”, disse ele. “Eles poderiam ter matado todos nós.”
A maior parte das terras Guarani estão localizadas na parte sul do estado de Mato Grosso do Sul, e é aí que as novas plantações de cana estão aparecendo. “Isso significa que vamos todos ser cercados por imensos campos de cana-de-açúcar, e isso vai tornar mais difícil para o povo Guarani poder plantar o que comer”, diz Antonio Brandt, professor da Univerdidade de Mato Grosso do Sul.
A incapacidade para plantar suas terras com os alimentos que precisam para sobreviver, fez com que os Guarani Kaiowá sejam quase totalmente dependentes do governo para sobreviver. Cerca de 90 por cento deles já recebem alimentos enviados pelo governo, mas este apoio não é suficiente.
“Sem terra, o índio não pode viver”, diz Carlito de Oliveira, outro líder tribal. “Estas cestas de alimentos não vão continuar vindo sempre. Se não podemos plantar aquilo que comemos, será muito difícil sobreviver. “
Para mais informações sobre a situação dos Guarani Kaiowá, veja o documentário The Dark Side of Green .

VIA Planeta Am…

VIA Planeta Amazônia – pagina oficial (pt) do site raoni.com

BELO MONTE DE MENTIRAS!
BELO MONTE DE CORRUPTOS!
BELO MONTE DE SOFRIMENTOS!
Leia a situação em Altarima!
Quem não diz nada aceita! Um dia ou outro sera você a vítima!
BELO MONSTRE AQUELE QUE NÃO SE SENTE ENVOLVIDO!
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Por Renato Santana, de Brasília (DF)

Superlotação, banheiros emporcalhados, doenças, falta de equipe técnica, hospitais insuficientes para darem conta dos atendimentos, morte e abandono estatal. Entrar na Casa do Índio (Casai) de Altamira, Pará, é se deparar com o caos e a vida real das comunidades submetidas ao projeto de desenvolvimento em curso no país.

O quadro da saúde indígena na região impactada pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte é no mínimo diferente do anunciado pelo governo federal e Consórcio Norte Energia S/A (Nesa) como parte dos argumentos para justificar o mega projeto. Na mesma proporção, as tais condicionantes que resolveriam os problemas dos insistentes opositores à obra ainda estão apenas no papel.

Até o momento da publicação desta matéria, a condicionante de reestruturação do atendimento à saúde indígena pelo Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena (DSEI) em Altamira, imposta à Licença Prévia de Instalação da usina em 1º de fevereiro de 2010, não tinha sido cumprida pela Nesa. Tampouco a construção de um hospital de 100 leitos para desafogar as estruturas de atendimento médico em funcionamento.

Em meio a mais um episódio de resistência à construção do empreendimento, com a atual ocupação da ensecadeira do canteiro de obras Pimental por cerca de 120 pescadores e indígenas, os fatos trazem à tona uma realidade que não aparece nos televisores que as usinas hidrelétricas mantêm ligados Brasil afora.

“Total abandono da nossa saúde. Existem índios que entram lá na Casai e saem piores. É uma reivindicação nossa que trazemos aqui para a ocupação da ensecadeira. Por parte das autoridades, se eles têm como manter ambulância e enfermeiro aqui (canteiro de obras), por que não lá em Altamira?”, questiona Leo Xipaia, da aldeia Cujubim, às margens do rio Iriri, cujas águas correm para o rio Xingu.

A Casai é uma estrutura de passagem. Os indígenas convalescentes de tratamentos e atendimentos médicos usam o espaço para recuperação antes do retorno à comunidade. Algumas terras indígenas ficam a 10, 15 dias de barco do cais de Altamira, rio Xingu adentro. A estada na Casai, de uns anos para cá, passou a ser quase impossível. Com capacidade para atender simultaneamente 80 indígenas, a casa acolhe cerca de 200.

“A Casa do Índio está lotada e essa superlotação é por conta de Belo Monte, sem dúvida. Estou em Altamira há 20 anos e nunca foi assim. Isso aqui virou um inferno. O discurso deles (governo federal e Norte Energia) é bonito, mas na prática… na prática vivenciamos uma tragédia”, explica o vice-presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena de Altamira, Wiliam Xakriabá.

Conforme é possível constatar nas fotos feitas pelos próprios indígenas, não fossem as redes armadas no quintal da casa a única alternativa para os usuários – doentes na maioria – seria dormir no chão. Para acentuar ainda mais o problema, a atual estrutura da Casai é um recente contrato de aluguel, sendo que há pouco tempo a estrutura de atendimento aos indígenas mudou de endereço.

“Aqui (sede retratada nas fotos) melhorou muito, para se ter uma ideia da situação em que nos encontramos. Antes estava pior. Esperamos que até o dia 15 de março do ano que vem a sede própria, em construção, seja inaugurada. Lá teremos um espaço adequado, digno. Porém, inauguraremos com superlotação”, diz Wiliam.

O vice-presidente do Conselho Distrital de Saúde faz as contas: a nova estrutura terá condições de comportar o dobro da capacidade atual, ou seja, 160 indígenas. Porém, ainda sem o impacto da usina ter sido absoluto, 200 homens, mulheres e crianças acabam precisando utilizar a Casai.

“Estamos aguardando de forma ansiosa uma estrutura que chegará esgotada. É um projeto antigo o da sede própria, com recursos do Ministério da Saúde, mas que infelizmente o desenvolvimento dessa usina está matando. Fazemos tudo o que podemos, mas lutamos contra um inimigo muito poderoso”, lamenta Wiliam.

Condicionantes: letra morta

“Falta muita coisa e a saúde indígena está péssima. Sobretudo na cidade. Malária, diarreia, maus tratos na Casa de Saúde. Nosso povo vai se acabar todo se continuar assim de construir usina, não melhorar a saúde”, afirma Joaquim Lopes Kuruaia, que vive com sua comunidade às margens do rio Iriri.

De acordo com o indígena, a Nesa não cumpre as condicionantes na parte da saúde indígena. O consórcio limitou-se a fornecer materiais para campanha contra a malária, que não focou apenas os povos indígenas. Wiliam conta que há tempos o Conselho Distrital está com um projeto emergencial para a saúde e a Nesa o transformou em parte do Programa Básico Ambiental (PBA).

Para acertar, o consórcio impôs que nos primeiros 18 meses o projeto abarcará apenas as comunidades da Volta Grande do Xingu e Bacajá. Wiliam é taxativo quanto à proposta da Nesa: “É um absurdo. A usina está afetando a todos. Não concordamos também porque saúde pública tem que ser para todos, não para uma ou duas comunidades”.

Além de interferir de forma negativa nos projetos desenvolvidos pelo Conselho Distrital e não cumprir as condicionantes indígenas, conforme relatam as lideranças, o consórcio também ainda não construiu 100 leitos hospitalares necessários para desafogar ao menos um pouco os centros de saúde em funcionamento. Dessa forma, os indígenas não conseguem atendimento, vagas em leitos de internação, os resultados dos exames demoram a sair. Tudo isso faz com que a permanência na Casai seja mais demorada.

“Tivemos um óbito esse ano por falta de médico. Nem isso eles cumpriram, a contratação de profissionais. Posso dizer que a Casai hoje não é só para passagem, mas lá acabamos vendo atendimentos de saúde. O lugar não é próprio para isso e não temos recursos e muito menos equipamentos”, afirma Wiliam.

O aumento das doenças é motivo de destacada preocupação entre os conselheiros distritais. Por enquanto as moléstias não possuem grande gravidade, conforme o vice-presidente. São diarreias, infecções respiratórias, mas que demandam cuidados especiais e medidas mais abrangentes de políticas públicas. No entanto, Wiliam é seguro ao afirmar que as cestas básicas e o alto fluxo de recursos despejados sobre os indígenas para dissuadi-los de contrapor Belo Monte trarão consequências danosas.

“Muito alimento industrializado, refrigerantes. São doenças (câncer, diabetes, coração) que aparecem de forma silenciosa, aos poucos, mas que não ocorreriam se os parentes pudessem viver da terra, da pesca. Sem contar o lixo produzido, que fica na aldeia, foco de doenças”, analisa Wiliam Xakriabá. Para ele, com mais dinheiro, os indígenas aumentam o consumo de álcool, alavancado por uma maior presença na cidade e, assim, fechando o ciclo, nas dependências da Casai.

O que se esperava

Desde o início, apesar da postura contrária à construção de Belo Monte, os conselheiros esperavam investimentos em estrutura hospitalar, veículos e voadeiras (embarcações velozes) para locomoção de pacientes, sendo tudo isso parte da reestruturação do DSEI de Altamira. Nada aconteceu e a situação piora a cada dia.

“Esse pessoal (Nesa e governo federal) quer mesmo é fazer barragens, ferrar conosco e ir embora. Ninguém se importa, seja o governo, a Funai (Fundação Nacional do Índio). Essa história não vai terminar bem. Espero que tenha um remédio, mas não sei… é impossível medir o quanto a região ficou ruim. Talvez quem mora aqui há anos pode ter essa noção. Agora eu tenho para mim que muita coisa não será cumprida (pela Nesa e governo federal)”, encerra.

Para indigenistas e lideranças contrárias à usina, o conglomerado transnacional e multinacional construtor da obra acredita que Belo Monte é fato consumado, e que por isso não é mais necessário seguir despejando dinheiro nas comunidades indígenas e cumprir as condicionantes – apesar de em cada ocupação dos canteiros de obras a Polícia Militar do Pará impor seu efetivo contra os manifestantes com helicópteros e viaturas devidamente seladas pela marca da Nesa.

Saturno entra hoy en Escorpio

SATURNO ENTRA HOY EN ESCORPIO, HACIA LA MEDIA TARDE…. ARRANCA UNA ETAPA DE DOS AÑOS Y MEDIO DE PROFUNDIZACIÓN INEVITABLE PARA TODOS, EN NUESTRO CAMINO COMPARTIDO DE MADURACIÓN (PERSONAL Y COLECTIVA).
LA ARGENTINA TIENE JÚPITER A CERO DE ESCORPIO: EL 9 DE OCTUBRE SATURNO LE HARÁ CONJUNCIÓN… INVOQUEMOS QUE COMIENCE UNA NUEVA ETAPA DE SÍNTESIS, ARTICULACIÓN Y ESTRUCTURACIÓN POLÍTICA, SOCIAL Y E

CONÓMICA PARA ESTA “ARGENTINA QUE SOMOS”…OJALÁ LA FAMOSA FRASE “ENCUENTRO CON LA SOMBRA” NOS EMPIECE A RESONAR TAL COMO FUE INTENCIONADA: “ENCUENTRO CON LO DESCONOCIDO DE MÍ MISM@, ENCUENTRO CON LO QUE COMO HUMANOS AÚN NOS FALTA CONOCER Y APROVECHAR, MADURACIÓN REAL Y SANADORA A PARTIR DE ESE INEVITABLE ENCUENTRO”…

AGRADEZCAMOS LA OPORTUNIDAD QUE SE NOS ABRE A PARTIR DE HOY: HACER JUNTOS EL HERMOSO VIAJE HACIA LO PROFUNDO … RECORRER CON VALENTÍA LA SELVA SUBTERRÁNEA DE NUESTRAS EMOCIONES … NAVEGAR EL RÍO POR DEBAJO DEL RÍO…”

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A los amigos astrólogos: Saturno entrará en Escorpio haciendo además conjunción exacta a Mercurio: estemos atentos, como profesionales depositarios de este poderoso lenguaje simbólico, para que nuestra palabra sea sanadora y no destructora, liberadora y no retentiva, combativa y no escudada en el doble discurso.

En cuanto a Marte aún en el signo (ya en el último grado, crítico): quizá prefirió quedarse para ayudarnos a ritualizar con valentía esta entrada saturnina. No lo desperdiciemos en la distracción del combate polarizado.

SABEMOS QUE ESTAS POSIBILIDADES DEPENDEN DEL GRADO (INEVITABLEMENTE PERSONAL) EN QUE CADA UNO DE NOSOTROS VENGA HACIÉNDOSE CARGO DE SU VIDA Y DE SUS ENERGÍAS…

No somos entidades angélicas que no necesiten de una continua maduración. Saturno en Escorpio nos propone su manera a lo largo de estos dos años y medio: fortalecernos a través del contacto profundo con lo que aún nos duele mucho, a veces demasiado, nos polariza y desborda: la trampa fatal del Arquetipo del Enemigo y el hechizo del Combate Eterno…

Invoquemos apertura y humildad, y sobre todo, recorridos plurales y comunitarios, participando a través de cualquier área de las extensas redes del despertar de la conciencia que, por ventura, cubren ya buena parte del planeta.

Para tod@s, con nuestro afecto indeclinable de todos los días
AATP, Grupo Presencial

Saturno entra em Escorpião nesse sábado

Saturno entra em Escorpião nesse sábadoJung disse carta vez que antes do Cristianismo, o mal não era assim tão mau. Quando a Astrologia se aproxima dessa divisão de bem e mal, também perde bastante em paradoxos sutis que sua linguagem simbólica tanto possui.
E é certo que entre todos os símbolos astrológicos o de Saturno seja um dos mais temidos, o que se deve em parte a herança mitológica que carrega, bem como sua classificação como “planeta maléfico”.

Reza o mito que Saturno vendo que sua mãe Gaia estava exausta por parir filhos de Urano, entra em um acordo com ela para castrar o pai com uma foice. Após executarem seu plano, percebem que Urano não morreria, mas apenas perderia seu reino para o filho. Mais tarde, temeroso de que a previsão do Oráculo que dizia que ele também perderia seu reino para um de seus filhos, passou a devorá-los assim que nasciam. Mas, graças a sua esposa, Cibele, um de seus filhos, Júpiter, é salvo e faz com que a previsão do oráculo se cumpra, tornando-se rei em lugar de Saturno.
Nesse novo ciclo de 2 anos e 4 meses, Saturno irá nos reabastecer com coragem e determinação para cumprirmos com nossas missões ou atingirmos nossos ideais. No entanto, para que isso aconteça, seremos testados no mais denso de todos os níveis: a profundidade psicológica de Escorpião. Ser responsável com o poder que exercemos sobre os outros passará a ser vital. Um exemplo disso pode ser a descoberta da seriedade com que deve ser encarada uma união sexual e isso nada tem a ver com a moralidade, mas com a verdadeira natureza desse mistério que perdurou por tantos séculos envolto em tabus. Será que você é responsável por quem seduz ou com a forma que exerce seu poder sobre o outro? E isso não apenas no amor, mas na carreira, trabalho ou religião.
O aspecto castrador de Saturno pode ainda interromper o fluxo de emoções entre você e seu par, fazendo do ato físico algo inexpressivo por puro e simples medo de falhar sexualmente ou de perder o outro, caso este se sinta seguro demais de seu amor. Porém, após o duro aprendizado, podemos nos beneficiar do poder de transformar tudo o que for difícil ou doloroso… depois da morte, o renascimento da Fênix, animal mítico que representa Escorpião em sua vibração superior.

Pintura: Saturno, por Simon Vouet (1590-1649)