‘Os planetas exteriores e seus ciclos – Uma astrologia do coletivo’ (Liz Greene)

“É interessante fazer algumas considerações a respeito do que acontecia quando Plutão foi descoberto. Antes de mais nada, a descoberta de Plutão coincidiu com a ascensão do Terceiro Reich. Voltarei a falar sobre esta ligação, porque acredito que existem muitas coisas a respeito de Plutão que ainda não compreendemos e estou convencida de que existe uma relação clara entre Plutão e o fenômeno psicológico da Alemanha nazista. O que aconteceu durante a II Guerra Mundial ainda é um grande mistério. Um mistério que não pode ser explicado simplesmente através de análises políticas e econômicas. Algo extremamente obscuro e primitivo eclodiu na sociedade. Atualmente, vivemos uma tendência simplista de culpar a Alemanha, mas não me parece que tenha sido assim tão simples. Alguma coisa, que eu acredito tenha algo a ver com a sombra do coletivo, estava fora dos eixos na época da descoberta de Plutão. Houve, obviamente, outras erupções desta espécia na história. Em todos os países do mundo, ocorreram massacres, caça às bruxas e genocídios. Porém, a última versão desta peculiaridade implicou uma manipulação bem sucedida de forças mais primitivas ou bestiais. E acredito que a chave do poder sobre estas energias está relacionada com Plutão.
Sempre existiram ditadores loucos, mas o Terceiro Reich foi o primeiro que, para conquistar seus objetivos, usou de conhecimento psicológico.
Os ditadores, geralmente, se impõem com exércitos e não com o poder da hipnose sobre as massas. Tenho a certeza que as características positivas deste tipo de compreensão estão intimamente ligadas ao desenvolvimento da psicoterapia e da psicanálise, porém, até agora, só pudemos conhecer a pior face de Plutão.
Todos os planetas têm sua face escura e sua face iluminada.
(…)
Mas, seja como for, acho que a eclosão do autoritarismo nos anos 30 é relevante para o conhecimento do caráter de Plutão.”
(‘Os planetas exteriores e seus ciclos – Uma astrologia do coletivo’, Liz Greene, tradução de Nazaré Abreu e Christianne Rossi, 1983)

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