Sustentabilidade começa em casa – Empresário alemão que mora em Santa Teresa tem aquecimento grátis e aproveita água da chuva

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A pouco mais de um mês da conferência Rio+20, que vai discutir o desenvolvimento sustentável, um morador de Santa Teresa dá um um bom exemplo de consciência ambiental. O empresário alemão Hans Rauschmayer, que vive há dez anos no Brasil, montou em sua casa dois sistemas distintos, mas com objetivos comuns: gastar menos energia e economizar água.

No telhado da casa, uma caixa recebe a água que chega pela rede de abastecimento. Canos a levam até placas coletoras pintadas de preto para reter calor. Aquecida, portanto mais leve, a água sobe para um reservatório. A partir daí, é só ligar o chuveiro.

— No inverno, a temperatura da água chega a 45 graus. O reservatório é grande o suficiente para dez banhos diários — conta Rauschmayer, que gastou cerca de R$ 700 na montagem da estrutura.

O outro sistema também começa no telhado. O empresário instalou calhas, que transportam água da chuva para um reservatório no quintal. De lá, ela é distribuída para os sanitários, e também serve para regar o jardim do imóvel.

— Sempre quis ter fontes renováveis de energia. Além disso, gosto de trabalho manual — diz Rauschmayer, que aprendeu a montar as estruturas pela internet.

Para manter, basta limpeza e pintura

Rauschmayer, que atua como consultor na área de energia solar, destaca que os sistemas são viáveis do ponto de vista econômico.

— Em menos de um ano, o investimento é recuperado. O custo de manutenção é baixíssimo, basta limpar as caixas e pintar os coletores de preto a cada dois anos — informa o empresário.

De acordo com Luiz Felipe Guanaes, professor da PUC e diretor do Núcleo Interdisciplinar do Meio Ambiente (Nima) da universidade, mesmo quem não tem domínio da técnica de montagem dos sistemas que garantem sustentabilidade pode ter energia renovável em casa.

— Empresas vêm produzindo equipamentos mais fáceis de montar. Já existem vários modelos disponíveis no mercado e qualquer ação que diminua o uso de eletricidade ou proporcione uma redução de gastos é válida — afirma Guanaes.

Dando um passo além do aquecimento e do reaproveitamento de água, Rauschmayer pretende instalar uma placa para gerar eletricidade a partir da luz solar.

— Vou providenciar uma assim que sair uma regulamentação da agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) — promete.

Mas, segundo Guanaes, a produção deste tipo de energia ainda esbarra numa questão prática: o armazenamento.

— Hoje, é preciso ter uma bateria, que, no descarte, pode se transformar numa bomba ambiental — alerta o especialista.

Na busca de soluções para o armazenamento da chamada energia verde, um grupo de professores da PUC está desenvolvendo um programa que calcula o excedente de eletricidade e o transfere para a rede da Light. Guanaes diz que o projeto piloto deve ser implementado ainda este ano na universidade.

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