O Rio de Janeiro e a necessidade de um planejamento integrado para um futuro com qualidade de vida por José Paulo Grasso

O Rio de Janeiro e a necessidade de um planejamento integrado para um futuro com qualidade de vida

NOVIDADES

 

 
Sem Comentários
 
O Rio de Janeiro e a necessidade de um planejamento integrado para um futuro com qualidade de vida
15 MAIO, 2012  |  SEM COMENTÁRIOS  |  BLOG
 
 

Por José Paulo Grasso

Engenheiro e coordenador do Acorda Rio

 

A inexorável crise mundial segue desmoralizando economistas, uma categoria que não acerta uma sequer, derrubando lideranças políticas atônitas e arruinando países sem que apareça qualquer solução crível. O FMI usa sua velha lógica recessiva de ajuste fiscal na Europa, desaparecendo com empregos enquanto o EUA os cria, mas em número insuficiente, apresentando resultados melhores, porém insuficientes. A população atirada na sarjeta por políticos e ações neoliberais corruptas exige com toda razão: crescimento econômico, emprego e renda já. Índices apontam o agravamento da situação mundial em todos os sentidos, o que forçará a austeridade fiscal duramente recém construída, com altíssimo custo social a ser abandonada imediatamente. Segure sua carteira, pois estatizaram os prejuízos e privatizaram os lucros! Na Islândia, a população se uniu, vetou a ajuda do FMI e da União Européia, deixou os bancos quebrarem, colocou os políticos e os banqueiros na cadeia, perdoou a dívida hipotecária da população e, assim, triplicará seu desenvolvimento em 2012. Ainda há esperanças. Mas ninguém usa este exemplo, repararam?

 

Jamais houve uma desigualdade na pirâmide social igual à atual, fato que elegeu novo presidente francês exatamente por prometer taxar os mais ricos. Nos EUA, pesquisas mostram que de 2000 a 2007, a renda dos 90% que ganham menos aumentou apenas cerca de 4%, ajustados pela inflação, já para o 0,1% no topo, a renda aumentou cerca de 94%, configurando um cenário de desequilíbrio muito próximo ao anterior da grande depressão. Será que teve algo a ver?

 

Dados divulgados em março de 2012 mostraram que o 1% da camada de maior renda conseguiu quase todos os dólares dos ganhos de renda obtidos no primeiro ano de recuperação. Em 2010, os 10% da faixa superior recebiam cerca da metade de toda a renda, no país. Ou seja, temos que taxar os mais ricos e enquadrar os bancos e o mercado de capitais que transformaram o mundo num cassino. Como? Estatísticas mostram que isso já foi feito antes e deu certo, mas quem hoje em dia terá liderança para propor isso?

 

O bilionário Warren Buffett posou de bonzinho e disse que os mais ricos deveriam ser tachados em 30%, mas estudos consideraram estes valores ridículos e a proposta está variando de 60, 70 a 90% de taxação! Ele disse o seguinte: Se você ganha dinheiro com o dinheiro, como alguns dos meus amigos super-ricos fazem,  sua alíquota (15%) pode ser um pouco menor que a minha (17,6%). Mas se você ganhar dinheiro trabalhando, como assalariado,  o percentual será certamente superior ao meu,  e  muito (36% em média). Que tal? Se os impostos sonegados anualmente, que só na Europa passam de um trilhão de euros, fossem pagos, a crise europeia estaria praticamente debelada e sem os atuais gravíssimos problemas sociais causados. Mas, adivinha por que não se faz isso? Será que tem algo a ver com a corrupção política mundial?

 

No Brasil, os impostos são os mais caros do mundo e quem paga mais proporcionalmente são os mais miseráveis. Por que será? Acumulam-se evidências de que a volta do crescimento, se acontecer, será lenta. Contrariando expectativas, a produção industrial teve queda de 3% no primeiro trimestre, sobre o mesmo período de 2011, o que indica que o investimento está estagnado, a despeito de todos os estímulos. Este fato e a política mundial dos bancos centrais de inundar de dinheiro os mercados, a juros próximos de zero, levaram o governo a exigir a diminuição dos indecentes spreads bancários, que expunham o país à especulação mundial, além de travarem a economia junto com impostos, burocracia e corrupção. A letargia da atividade econômica vai além de um fenômeno cíclico, pois se “descobriu” agora o esgotamento do modelo de crescimento baseado no crédito ao consumo e na alta de preços das commodities exportadas, sem contar que os bancos estão fazendo de tudo para sabotar a queda dos juros.

 

É inacreditável que nenhuma voz se some a minha para clamar pelo óbvio: planejamento de curto, médio e longo prazos que estimulem investimentos ancorados por nossa vocação natural considerada unanimemente como a maior do mundo. Alguém já viu alguma economia dar certo sem esses preceitos definidos de forma bem clara? E por que os políticos indecentemente não querem isso? Será que é porque se a economia começar a funcionar seus feudos desaparecerão e eles jamais se reelegerão? E a sociedade? Unidos nós podemos! Ou vamos deixar o circo pegar fogo, nos arrastando de roldão?

 

Na tão decantada Coréia do Sul, os investimentos foram concentrados nos Chaebols, grandes empresas apoiadas pelo estado, que hoje são multimarcas mundialmente conhecidas (Samsung, Kia), o que mostrou o acerto de ações planejadas em curto, médio e longo prazos com a definição de setores prioritários, o incentivo à produção e ao desenvolvimento tecnológico acoplado a um incremento educacional voltado para esses segmentos previamente definidos num movimento que começou na década de 90 e que foi acompanhado por China e Índia, levando-os a um aumento da competitividade para disputar e ganhar espaço com suas marcas nacionais no competitivo mercado global. E o Brasil, o que fez nessa época, além de perder sua participação no setor industrial? A nossa tentativa de chaebols sem produção de tecnologia não deu certo com empresas que vivem balançando como a JBS (frigorífico comprando empresa de engenharia?, para abafar escândalos), Brasil Foods (abafou outro escândalo) e outras.

 

Temos que atentar para o fato de que a indústria é o motor do crescimento de longo prazo de qualquer país por ser a fonte das reservas estáticas e dinâmicas de escala, o setor que possui os maiores encadeamentos para frente e para trás na cadeia produtiva e ser a fonte ou o principal difusor do progresso técnico para o restante da economia, além, é claro, de pagar salários maiores do que o setor de serviços, possibilitando um mercado interno mais forte e consumidor de produtos de qualidade. Sabendo deste contexto, não podemos abrir mão do setor industrial para desenvolver o Brasil de verdade, dentro de um planejamento integrado de curto, médio e longo prazos. Qual será a melhor âncora para isso em tempos de globalização, profundas mudanças no mercado de trabalho e principalmente dentro dessa crise mundial? Lembrem-se de que o que deu certo aqui foram ações que aproveitaram nossas vocações naturais, como minérios, agricultura e pecuária.

 

Nessa situação, nossa vocação natural é prioritária, porque nos levará a navegar num oceano azul suave, bem diferente dos mares vermelhos, ensanguentados por uma concorrência desenfreada e globalizada, onde os empregos foram exportados para lugares onde os direitos humanos e trabalhistas são desrespeitados, o que afeta as conquistas sociais modernas conseguidas após décadas de negociações e que estão sendo indecentemente abolidas. A perda da qualidade de vida é a consequência que mais incomoda e o PIB passou a exigir uma medida hipotética, o índice de “felicidade” do povo, que até agora os economistas não conseguiram decifrar o que é exatamente.

 

E o que estamos vendo no Rio de Janeiro? Como estamos descobrindo estarrecidos, todos os poderes estão corrompidos, os serviços públicos e privados estão falidos, a imprensa foi cooptada, as manifestações populares mais justas são reprimidas. O que desestimula a sociedade a sair do marasmo reinante, face às graves denúncias de corrupção desenfreada que pipocam na mídia, mas não são investigadas a fundo, como deveria ser, porque os nossos desgovernantes investiram mais de 2 bilhões, sob a rubrica comunicação social, na imprensa para amordaçá-la. A situação não pode ser pior com todos os índices qualitativos regredindo para os últimos lugares entre todos os estados e municípios da federação, embora sejamos o segundo maior PIB. Tenta-se vender uma recuperação econômica que ninguém vê em total descompasso com a desindustrialização reinante. Não há uma liderança que nos permita crer em mudanças críveis e as eleições estão chegando. Não adianta gritar por socorro, precisamos nos unir!

 

No início, com a divulgação da Copa do Mundo e das Olimpíadas, a população acreditou que poderíamos sair do fundo do poço, após mais de meio século de administrações daninhas ao Rio. Hoje, contudo, já descobrimos que com a corrupção reinante, onde um grupo governa sem oposição apoiado por uma imprensa que recebeu mais de R$ 2 bilhões em sob a rubrica comunicação, disfarce para um marketing irreal completamente dissociado da realidade das ruas. O pós-2016 será trágico em todos os sentidos, pois bilhões serão gastos nos mais variados tipos de elefantes brancos, que absurdamente não atendem aos interesses da população eliminando a chance de um futuro com qualidade de vida, possibilitando que alguns gastem suas fortunas corruptas em Paris e nós fiquemos com uma conta impagável para o futuro.

 

Mas ainda podemos acreditar em mudanças, porque o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ajuizou ação civil pública para anular o concurso Porto Olímpico, devido a constatação de irregularidades. O promotor descobriu que houve trapaça no concurso, pois, vergonhosamente, os vencedores são integrantes do conselho deliberativo do IAB-RJ (Instituto dos Arquitetos do Brasil). Com isso, todo o processo terá de ser refeito, inclusive com a devolução dos prêmios e da quantia em dinheiro. Todo o processo do Porto Maravilha foi conduzido por esse pessoal que o tramou usando uma manifestação na PUC como plataforma, para a qual fui convidado a participar e impedido de expor minhas ideias. Lá se delineou que o Píer Mauá, uma área AEIU (Área de Especial Interesse Urbanístico), onde necessariamente deveria ter sido colocado algo que fosse considerado o “motor” do incremento socioeconômico da região, teria que receber um projeto icônico. E a prefeitura, sem planejamento, aceitou. No meu entender, por ser o espaço que viabilizou e sustentou o crescimento do Rio, deveria receber algo com um planejamento de curto, médio e longo prazos, que trouxesse desenvolvimento socioeconômico, cultural e ambiental a todo o Rio –inclusive comunidades, subúrbios e periferia, comprovadamente como o Projeto Zeppelin, que, por atender estes requisitos, chegou a ser incubado.

 

Foi aprovado um nebuloso projeto do Museu do Amanhã, do qual, na época, nem seus idealizadores tinham pistas do que seria, mas era um projeto ícone de um arquiteto de renome internacional, mesmo sendo uma coisa mediana e que notoriamente não terá desempenho necessário para deslanchar a revitalização da região. Como envolve a fundação Roberto Marinho, goza de uma mídia forte e isto parece ser o mais importante. Tanto que esse recurso está sendo usado em mais dois museus e garantiu cerca de meio bilhão aos cofres desta fundação. Seu conceito é: um museu para mostrar, na prática e com projeções artísticas, como as ações da humanidade no presente determinarão o futuro. Cai como uma luva, para mostrar que o que está sendo feito no Rio nos envergonhará no futuro, ou alguém em sã consciência acredita que isso trará o retorno suficiente para revitalizar nossa combalida economia? Por que será que o Porto Maravilha (para quem?) não decola? Mas, volto a perguntar, nesse grupo que nos governa, há alguma preocupação com o nosso futuro? Acorda, Rio!

 

Como estamos vendo o importante mesmo é destruir o elevado da perimetral a um custo ignorado para refazê-lo sem saber quanto será gasto e, pior, sem planejamento para o trânsito local, que hoje já se encontra saturado, mas que no entender dessa prefeitura assim continuará porque não fará planejamentos que possa comprometer no futuro e incrivelmente ninguém toca nesse assunto que venho expondo há tempos. Assim como comprovei, com um simples artigo, que o tal “ciclo virtuoso” era uma falácia, esta destruição do elevado entrará para a história como o maior engodo, com desperdício de verba pública que essa cidade foi submetida. Fizeram em São paulo recentemente uma ponte estaiada na marginal do rio Tietê com um custo abissal e ela hoje chega a ficar vazia, mas é um ícone “lindo” de uma cidade falsamente moderna, recheada de problemas antigos. É isso que queremos para o Rio?

 

O dinheiro das CEPACs paga tudo, menos, é claro, a sua atribuição natural que é preparar a zona portuária e seus arredores para um futuro no qual serão inseridas mais de cinco mil edificações, a maioria com até 50 andares, milhões de pessoas e milhares de viaturas que tornarão este lugar um inferno. Sem falar da infraestrutura para tudo isso, como escolas, hospitais etc. que não entram na cabeça de nossos especuladores imobiliários, que não tem a menor preocupação em matar a galinha de ovos de ouro, pela simples razão de que irão embora lotados de dinheiro e o resto que se dane! Não é espetacular? E não se ouve nada a este respeito, por que será? Muito do que acontece em São Paulo hoje com a total perda da qualidade de vida do cidadão se deve a implantação destas CEPACs, reparem só como os problemas lá explodiram simultaneamente à liberação de gabaritos nas marginais.

 

É muita cara de pau afirmar que se construirá mais uma pista em cada trecho e que com isso haverá um aumento de vazão como o anunciado, que incrivelmente começou com um aumento de um terço, foi para metade e na última entrevista do alcaide já estava sendo anunciado como um empreendimento para duplicar (?) a vazão, quando no final deste trecho há um gargalo que já paralisa o trânsito há décadas. Como se pode afirmar uma tolice dessas que pode ser desmoralizada em segundos? Com a certeza de que a imprensa está comprada e que isto não vazará! Será?

 

Como se não bastasse, todas essas “desinformações” e o inexplicável fato de não apresentarem de jeito nenhum um planejamento para revitalizar a economia do Rio, agora temos esse oportuno e vergonhoso pedido de anulação do projeto do Porto Olímpico no Rio. Não me recordo de fato similar na administração pública do Rio de Janeiro.

 

O que iria acontecer ali se constitui em mais um escândalo de malversação de verbas públicas, onde se torrará além de muito dinheiro a esperança de o Rio vir a ter um futuro melhor. Este concurso, quando foi anunciado com toda a pompa, previa a construção do maior legado olímpico, pois presumia a construção de uma moderna CCI, ou seja, um Centro de Convenções Internacional, que desde que atendesse as exigências de um público que possui o maior poder aquisitivo e é formador de opinião, poderá levar o Rio à vanguarda mundial do setor e injetar bilhões de dólares na nossa economia. Como isso não acontecerá, a própria mídia já se encarregou de detonar os dois hotéis 5 estrelas que serão construídos no local, dizendo que obviamente eles já nascem condenados à falência e até mesmo o prefeito reconhecendo que dificilmente alguém iria querer morar ali; irresponsavelmente ele já liberou meio bilhão de reais do fundo dos funcionários da prefeitura, mesmo contrariando especialistas que condenam esta aplicação.

 

Notoriamente, não fizeram planejamento nenhum, mas, por outro lado, anunciaram com toda a pompa. Claro que denunciei isto num artigo, o presidente do IAB reconheceu pessoalmente que não entendia nada do assunto (pasmem!), mas que não voltaria atrás. Que a clareza das minhas ideias falaria mais forte e que o IAB promoveria um ciclo de palestras nas quais elas seriam apresentadas e dado ao fato de elas serem muito bem sustentadas, os poderes públicos as adotariam. Não é que eu acreditei? E é obvio que ele não cumpriu com sua palavra e agora se expõe a um escândalo desses em total mudez. Não é espetacular? Acorda, Rio!, porque esse pessoal é quem está planejando o seu futuro!

 

Ele é daquele mesmo grupo que escreve periodicamente naquele jornal que tem um “compromisso” com a ética e a liberdade de imprensa e que teve a cara de pau de afirmar que as favelas do Rio terão o mesmo destino das cidades medievais européias e das ilhas gregas, que inicialmente eram moradias populares e que hoje desfrutam de arquitetura e beleza singular, graças à prefeitura, que prometeu que suas urbanizações seriam um dos principais legados olímpicos. A preocupação do mestre é explicada porque o mesmo IAB, do escândalo acima, foi que promoveu um concurso onde foram “escolhidos” 40 escritórios técnicos de arquitetura para torrar os bilhões em verbas carimbadas do Banco Mundial, elaborando projetos de urbanização e de melhorias habitacionais em diversos agrupamentos das ditas comunidades, mas até agora o prefeito não se manifestou se esta mamata vai rolar ou não. Adivinha por que o alcaide não se manifestava e por que agora o silencio é total? Está bom de escândalos de legados olímpicos no Rio ou vocês querem mais?

 

Isso não é privilégio desse pessoal. Nesses horários mais tardios na televisão em programas de entrevistas ao vivo, os repórteres não estão perdoando. O Minc foi entrevistado e contou todo orgulho que para a Eco 92, aqui no Brasil, não se tinha muita noção do assunto e nem projetos. Com a explosão midiática houve grande alocação de verba para projetos como: despoluição das lagoas de Jacarepaguá, do costão do Vidigal e do cinturão da Lagoa. O repórter perguntou sobre o que estava pronto, veja bem, 20 anos depois. Ele tangiversou, o repórter insistiu. Ele tentou mudar de assunto e como não deu, teve que confirmar que nada, veja bem, nada ficou pronto. Torraram milhões, como na malfadada despoluição da Baía de Guanabara e nada fica pronto.

 

Em outro programa, um militar de alta patente explicava que se houver um acidente em Angra, metade da população de lá morreria e que por isso era preciso aumentar o desembolso para as usinas nucleares. A conversa caminhava bem até que o repórter, sempre ele, indagou sobre o que era feito com os resíduos atômicos. Foi quando houve aquela já tradicional tentativa de tangiversar, mas o repórter foi na jugular, ao que o interlocutor, todo sem graça, foi obrigado a admitir que até hoje, veja bem que nesse até hoje já se vão décadas, ainda não há um depósito seguro para se armazenar esses perigosíssimos resíduos.

 

Deu para entender por que a classe dominante é contra planejamento de curto, médio e longo prazos com metas factíveis, processos transparentes e uma sociedade participativa que cobre os resultados de maneira firme e democrática? E você, leitor e cidadão, o que pensa disso?

 

Daí a importância de um movimento como o Acorda Rio, que apresenta uma proposta clara de mudança, para unir toda a sociedade, através de uma proposta de planejamento compartilhada, com ações no curto, médio e longo prazos, em que todos se sintam inseridos, enxerguem claramente o por que do aumento da renda per capita e os ganhos em qualidade de vida em todos os sentidos: Saúde, Educação, Saneamento, Transportes, Segurança, aumento da renda per capita, modernização da infraestrutura etc. É necessário que todos saiam de sua letargia e comecem a se unir para que possamos cada um em sua área de atuação contribuir para através de um planejamento com metas críveis e transparência total enquadrarmos os poderes constituídos, com a imprensa verdadeiramente atuante, para que democraticamente possamos ter um futuro digno e uma qualidade de vida eterna.

 

Temos uma oportunidade única de nos reinventarmos, com ética, transparência e qualidade de vida, revitalizando nossa depauperada economia, levando crescimento socioeconômico, cultural e ambiental a toda a cidade, incluindo as favelas, os subúrbios e a periferia. Podemos enquadrar esses “políticos” que nos desgovernam através da união de toda a sociedade para exigirmos um planejamento desenvolvido por toda a sociedade, como outros lugares que tinham problemas iguais ou piores do que os nossos conseguiram. Esse planejamento será desencadeado pela exploração planejada e compartilhada de nossa vocação natural, considerada de forma unânime como a maior do mundo, dentro da maior indústria do mundo, que apresenta resultados em curto prazo e o retorno do capital investido multiplicado por dez em até dois anos. O que estamos esperando?

 

Teremos os maiores eventos midiáticos mundiais em anos consecutivos e o planejamento é zero. O que salta aos olhos são os mesmos procedimentos praticados quando da preparação dos jogos Pan Americanos que só nos legou elefantes brancos e processos de superfaturamentos e fraudes.

 

E aí? Vamos ficar nos lamentando, apaticamente sentados no sofá ou vamos nos unir e mudar isso democraticamente? Projeto para isso, nós temos.

 

Leave a comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *