“A astrologia tem duas funções valiosas. Uma é identificar os poderes e as capacidades que possuímos e que podemos capitalizar. (…) A segunda função, (…) é a de nos ajudar a identificar os modos pelos quais criamos nossos próprios problemas e causamos infelicidade a nós mesmos e aqueles que nos cercam. Como vimos na introdução, acredito que os planetas não são responsáveis por nossa felicidade ou infelicidade, mas apenas indicam as maneiras como temos provocado nossa autorealização ou nossas derrotas. E se temos problemas provenientes de atitudes derrotistas, podemos utilizar o mapa de nascimento como um guia para enfrentá-los honesta e diretamente. O derrotismo é, de longe, um problema muito maior para nós do que qualquer outra coisa que um estranho possa nos impor. (…)
Uma das raízes mais comuns do derrotismo, e talvez a mais terrível, é o desprezo por si mesmo. Esta é uma das emoções mais dolorosas que você pode sentir. É também uma das mais mutiladoras, pois quando uma pessoa odeia a si mesma, age de maneira a levar os outros a rejeitá-la, ou de maneira autodestrutiva, que a levará a fracassar. A rejeição e os fracassos fazem então com que você se odeie cada vez mais. Como você pode romper este ciclo? Procurando descobrir o que provoca o desprezo por si mesmo, eliminando-o e, finalmente, procurando amar a si mesmo. Duvido que algum psicoterapeuta possa discordar disso e a psicoterapia deve ser necessária para se conseguir o que nos parece uma coisa tão simples. Acredito, porém, que a astrologia e uma compreensão perfeita do seu mapa podem ajudar você neste processo. O horóscopo natal de uma pessoa pode oferecer um atalho, mediante a identificação dos conflitos nebulosos, de modo geral inconscientes e quase sempre de aparência irracional, existentes no íntimo da pessoa, e que levam ao desprezo por si próprio.”
(extraído de Um guia astrológico para o conhecimento de si mesmo, de Donna Cunningham – Ed. Pensamento)